Linhas Guia

Lista P reúne docentes e investigadores do Técnico para lutar por uma gestão académica participada, democrática e transparente.

Queremos intervir na vida do Técnico e da Universidade de Lisboa, garantindo a Participação da Escola e o seu desenvolvimento equilibrado.

A Lista P candidata-se ao Conselho de Escola, ao Conselho Científico e ao Conselho Pedagógico, com as seguintes linhas guia:

Ensino

  • Lutar pela valorização das carreiras docente e de investigação, em alternativa ao uso abusivo de Assistentes de Ensino (Teaching Assistants, TAs) e Pessoal Docente Especialmente Contratado (PDEC’s).
  • Salvaguardar a qualidade pedagógica.
  • Promover a eficiência formativa e a formação inclusiva.
  • Melhorar o modelo de ensino no Técnico e corrigir as deficiências do modelo em vigor, com especial atenção à lecionação por peródos.
  • Privilegiar medidas que motivem os alunos a permanecer no Técnico após o 1º ciclo, problema criado pelos actuais responsáveis.
  • Reforçar a inovação no ensino, incluindo PICs e componentes laboratoriais.

Investigação

  • Promover a constituição de um corpo de investigadores nos departamentos, que permita ao Técnico afirmar-se como uma Universidade de Investigação (“Research University”).
  • Motivar a participação estruturada dos investigadores nas atividades letivas e de formação. 
  • Fomentar uma discussão participada sobre o impacto da Coalition for Advancing Research Assessment (CoARA) na avaliação de docentes e investigadores.
  • Lutar por um reforço do apoio institucional à elaboração e gestão de projectos. 
  • Lutar pela atribuição de financiamento para re-equipamento e manutenção de infraestruturas laboratoriais.
  • Promover projectos alinhados com a transição digital e verde, e práticas de “economia circular”.

Governança Pública e Democrática

  • Promover canais de comunicação interna na Escola para uma governança pública, participada e transparente.
  • Impulsionar a criação de um novo órgão consultivo, na dependência do Conselho Científico do Técnico, que abranja todos os docentes e investigadores doutorados do Técnico, à semelhança do Plenário do Conselho Científico anterior ao RJIES. 
  • Promover o alargamento da missão da Assembleia de Escola, de modo a enquadrar sessões extraordinárias destinadas à participação cívica, académica e ao exercício de livre pensamento em toda a comunidade Técnico.
  • Promover a revisão dos Estatutos do Técnico, para incluir o novo órgão consultivo acima proposto, na dependência do Conselho Científico, e para a alteração da missão da Assembleia de Escola.
  • Impedir a transformação do Técnico numa fundação pública com regime de direito privado (ou equivalente). 
  • Apoiar um plano participado do Técnico e da Universidade de Lisboa para reverter o subfinanciamento crónico das Instituições de Ensino Superior Público.  

Percursos profissionais e carreiras

  • Promover programas de incentivo à fixação de investigadores nos departamentos do Técnico (e não nas IPSFL participadas).
  • Apoiar processos de valorização para docentes e investigadores.
  • Promover a formação e capacitação ao longo da vida de todos os funcionários, docentes e investigadores.
  • Privilegiar Contratos de Coesão e Crescimento com os departamentos como meio de definir a Dimensão Alvo das Unidades Académicas (DAUA) 
  • Criar mecanismos de monitorização do modelo DAUA, entretanto aprovado, avaliando o seu impacto nos departamentos. 
  • Lutar pela criação de um regulamento de avaliação dos investigadores, com critérios adaptados às suas funções, no quadro do ECIC (Estatuto da Carreira de Investigação Científica).
  • Promover a revisão dos critérios de av RJIES aliação para docentes (RADIST), a fim de harmonizar as carreiras de docência e investigação.
  • Lutar pela criação de um regulamento de contratação de TAs, que defina necessidades e disponibilidades dos departamentos, que defina os direitos laborais e responsabilidades como TAs e que consagre a sua participação na vida cívica da escola.   
  • Lutar contra a utilização de instrumentos jurídicos que conduzam a iniquidades na gestão e contratação, em particular na contratação de PDECs ao abrigo do artº 32-A do ECDU (contratação sem remuneração). 

O Técnico e a sociedade 

  • Melhorar as condições de igualdade de acesso a todos os cursos.
  • Privilegiar acções que alarguem o plano de bolsas no quadro do PNAES e medidas que minimizem o peso das propinas. 
  • Apoiar a promoção do Técnico Innovation Center (TIC) como uma plataforma de divulgação de ciência e tecnologia para a sociedade.
  • Valorizar a formação de Startups e de medidas de criação de emprego pela comunidade Técnico, protocolos e parceiros empresarias. 
  • Aprofundar as ligação à Rede de Parceiros do Técnico como medida de estimular o emprego de doutorados.

Viver e trabalhar no Técnico

  • Promover a melhoria das condições materiais para o ensino e a investigação nos campi de modo a transformar o Técnico numa instituição de referência à escala internacional.
  • Revigorar e modernizar o núcleo de Medicina do Trabalho no Técnico que responda aos novos desafios de saúde pública e fomente a implementação de boas práticas de protecção e segurança. 

       Programa resumido


       Programa detalhado


Lista P reúne docentes e investigadores do Técnico que se têm mobilizado para lutar por uma gestão académica participada, democrática e transparente.

Mantendo a promessa de continuar a intervir em todos os aspectos da vida do Técnico e da Universidade de Lisboa, a Lista P candidata-se ao Conselho de Escola, ao Conselho Científico e ao Conselho Pedagógico.

O programa da Lista P centra-se nos temas

  • Ensino 
  • Investigação
  • Governação Pública e Democrática
  • Percursos profissionais e carreiras 
  • O Técnico e a sociedade
  • Viver e trabalhar no Técnico

Ensino

  • Vamos acompanhar as necessárias alterações ao modelo de ensino que foi implementado no Técnico em 2021, e que não cumpriu as expectativas de enquadramento adequado ao progresso nas práticas pedagógicas ou de melhoria significativa da eficiência formativa, entrevistas pela CAMEPP; procuraremos, como princípios guia, que sejam salvaguardados padrões elevados de qualidade pedagógica enquanto se abordam os problemas de eficiência formativa.  
  • Reconhecemos que, entre as 12 boas práticas e 17 medidas previstas no PERCIST, há medidas a manter e aprofundar e outras e eliminar faseadamente; consideramos que os possíveis benefícios da organização por períodos não compensam os aspetos negativos, salientados no relatório de “Relatório sobre a Implementação do (Novo) Modelo de Ensino”, nomeadamente a impressão de desequilíbrio entre o trabalho (docente ou de estudo) e os outros aspectos da vida profissional ou privada.     
  • Privilegiamos as medidas que motivam os alunos a concluir o 1º ciclo e a prosseguir no Técnico o 2º ciclo, por exemplo os PICS e o nexo Ensino-Investigação, com reforço das componentes laboratoriais.
  • Apoiamos as práticas de aprendizagem que conduzem à melhoria sustentada da eficiência formativa; vamos promover um levantamento, nos 1º e 2º ciclos, do impacte das técnicas de aprendizagem activa no desempenho e bem-estar de alunos e docentes.
  • Propomos que nas revisões ao regulamento de avaliação seja eliminada a confusão entre as Monitorizações de Aprendizagem (MAPs), concretizadas em momentos de avaliação sumativa, e a avaliação formativa, realizada com o objectivo de permitir que os alunos tomem consciência dos seus progressos e limitações.
  • Apoiamos os esforços para libertar docentes e discentes do Técnico da tendência de subordinar a aprendizagem à eficiência na formação, esforços que não serão bem-sucedidos se não se atingirem os rácios aluno/docente da ordem de 10.
  • Questionamos o limite artificial do número de docentes de carreira e sublinhamos que a defesa da qualidade do ensino não é compatível com um número fixo de 600 docentes e com um contingente flutuante de TAs e PDECs, com contratos de curta duração que não promovem o seu envolvimento, e que transformam os departamentos em agências de trabalho temporário.  
  • Apoiamos ainda a aproximação entre ensino e investigação, nomeadamente promovendo apoios para abordagens pedagógicas baseadas em práticas de investigação e ensino laboratorial.
  • Propomos que seja reforçada a atratividade de todos os cursos de 2º ciclo do Técnico para estudantes do Técnico ou de outras instituições de Ensino Superior; Apoiamos a realização de acções de divulgação da oferta formativa do Técnico e de protocolos com empresas para a realização de dissertações de Mestrado em ambiente empresarial; Apoiamos iniciativas para estabelecer Mestrados internacionais, por exemplo no âmbito do programa Erasmus Mundus.   
  • Apoiamos a formação inclusiva e integral, por exemplo com a continuação das HACS, complementando a formação técnica específica com outros saberes e culturas, em particular desenvolvendo sinergias com as outras escolas da Universidade de Lisboa, seus equipamentos culturais e desportivos, e explorando as oportunidades de lecionação cruzada.

Investigação

  • Propomos que sejam reforçados os apoios à elaboração e à gestão de projectos nacionais e internacionais (em articulação com os Centros de Investigação e Laboratórios Associados).
  • Defendemos que o Técnico e a Universidade de Lisboa deverão exigir da tutela uma fórmula justa e diferenciadora para o financiamento das Instituições de Ensino Superior Público; a fórmula existente não premeia o esforço do Técnico na realização de investigação com elevado impacte académico e social, nacional e internacionalmente. A direcção do Técnico não se pode conformar com o seu subfinanciamento crónico.
  • Defendemos que o Técnico, integrado numa Universidade de investigação (“research University”) não pode deixar de ter um corpo de investigadores, afecpai doto aos seus departamentos.    
  • Propomos fomentar iniciativas interdisciplinares entre grupos, unidades de investigação e departamentos, como alicerce de colaborações para projectos de investigação nacionais ou internacionais ou concursos a programas de financiamento alinhadas com as transições digital e verde, por exemplo no âmbito do PRR ou outros programas de estímulo à economia e resiliência social.
  • Defendemos o aprofundamento da relação entre o Ensino, as aprendizagens e a Investigação, promovendo, nomeadamente, a reflexão sobre abordagens pedagógicas baseadas em práticas de investigação, e reforçando o investimento nos laboratórios de ensino; 
  • defendemos reforçar a participação estruturada dos investigadores nas atividades letivas e de formação dentro dos seus interesses, conjugados com as necessidades das várias Unidades Académicas responsáveis pela oferta formativa.
  • Reclamamos o reforço do investimento em meios e equipamentos laboratoriais; apoiaremos iniciativas para exigir da tutela concursos públicos para re-equipamento científico. Com medida transitória, proporemos uma “economia circular” de equipamentos, criando uma bolsa onde equipamentos libertados, ou menos utilizados por uma equipa, possam ser utilizados por outras equipas
  • Propomos a criação de uma base de dados dos equipamentos disponíveis no Técnico e seus centros de investigação e Laboratórios Associados, incluindo condições de acesso, promovendo a sua otimização e permitindo a sua rentabilização através da eventual oferta de serviços ao exterior.
  • Promoveremos a reflexão sobre os desafios da Ciência Aberta, incluindo os aspectos positivos associados à partilha de informação, software e outros conteúdos de domínio público, mas também os aspectos relacionados com o custo das publicações Open Access e como pode a Escola endereçar estes desafios.
  • Queremos promover a reflexão sobre o acordo Coalition for Advancing Research Assessment (CoARA), que a Universidade de Lisboa subscreveu recentemente e o seu impacte para a avaliação de docentes e investigadores. 
  • Apoiamos a formulação de estratégias concertadas de internacionalização de Unidades de Investigação e Laboratórios Associados participados pelo Técnico.

Governação Pública e Democrática

  • Defendemos a governação pública, participada e transparente da Escola; não aceitamos o caminho entrevisto no Plano Estratégico de transformar o Técnico numa fundação pública com regime de direito privado ou qualquer outro tipo de entidade determinada por interesses privados;
  • Apoiamos os esforços da Escola e da Universidade na exigência de reforço do financiamento público.
  • Exigimos o reforço dos mecanismos de reporte e disponibilização de informação sobre o governo da Escola.
  • Propomos a revisão da estratégia de definição da Dimensão Alvo das Unidades Académicas. Consideramos que os Contratos de Crescimento, Convergência e Coesão são o instrumento adequado para ponderar as contribuições de cada departamento para a missão do Técnico e definir os meios materiais e humanos a disponibilizar para que cada departamento concretize as suas contribuições. 
  • Propomos a criação de um novo órgão consultivo, no respeito pela redacção actual do RJIES, enquadrado e na dependência do Conselho Científico do Técnico, que abranja todos os docentes e investigadores doutorados do Técnico, semelhante ao Plenário do CC, anterior ao RJES; o novo órgão deve estimular a participação na vida da escola, sendo consultado obrigatoriamente para as competências a que se referem as alíneas b), c) e d) do artigo 16º dos Estatutos do Técnico.  
  • Propomos que a Assembleia de Escola altere a sua missão para incluir a organização periódica de sessões, ordinárias e extraordinárias, para promover o envolvimento de docentes, investigadores, alunos e pessoal técnico e administrativo nos temas relevantes à vida da Escola, para estimular a participação cívica e académica e o exercício de livre pensamento;
  • Promovemos as alterações necessárias aos Estatutos do Técnico para a criação do novo órgão consultivo, na dependência do Conselho Científico, e para a alteração da missão da Assembleia de Escola, delineados nos pontos anteriores.

Percursos profissionais e carreiras

  • Propomos a criação de programas de incentivo à fixação de investigadores nos departamentos do Técnico (e não nas IPSFL participadas), de acordo com as necessidades e contribuições, para o ensino e investigação, previstas por esses departamentos; rejeitamos a opção da Direcção do Técnico de colocar no DECN os investigadores de carreira.
  • Insistimos na criação de um regulamento de avaliação dos investigadores, com critérios adaptados às suas funções e no quadro do ECIC (Estatuto da Carreira de Investigação Científica), actualmente em revisão, revogando o actual regulamento dos investigadores PREVPAP.
  • Propomos a revisão dos critérios de avaliação específicos para docentes (o RADIST) para melhor acomodar a coexistência das carreiras de docência e investigação nos departamentos do Técnico.
  • Rejeitamos que se pretenda cumprir a missão do Técnico com um número fixo de 600 docentes, sem investigadores de carreira e com um contingente flutuante de TAs e PDECs, estimulando a precariedade nas instituições de ensino superior e colocando em risco a qualidade do ensino e da investigação.  
  • Insistimos na criação de um regulamento para todos os aspectos associados à contratação de Assistentes de Ensino (Teaching Assistants, TAs), incluindo a definição das necessidades e disponibilidades dos departamentos, os critérios de selecção, a remuneração, a definição das tarefas e responsabilidades aceitáveis e não aceitáveis, a carga horária, os direitos do TAs inerentes às novas responsabilidades, a definição de programas de mentorado e outros apoios à sua actividade. 
  • Apoiamos os processos de valorização para docentes e investigadores; enquadrados em políticas de recursos humanos que compatibilizem as necessidades da Escola com a gestão de carreiras a longo prazo e que respondam, atempadamente, ao envelhecimento dos quadros de docentes e investigadores.
  • Apoiamos iniciativas de viabilizem a redução da carga lectiva a docentes em período experimental quando justificadas por actividades que contribuam para a contribuição dos seus departamentos para a investigação ou transferência de conhecimento ou por acções de formação pedagógica.
  • Defendemos que os projectos científicos dos docentes e investigadores em período experimental sejam apoiados materialmente, incluindo a cobertura dos custos de publicações em acesso aberto.
  • Propomos monitorizar a utilização de instrumentos jurídicos díspares, na gestão e contratação, que conduzam a iniquidades; em particular, o modelo de contratação de PDECs ao abrigo do artº 32-A do ECDU (contratação sem remuneração), para suprir necessidades permanentes da Escola, não é defensável e é atentatória dos direitos mais elementares de quem trabalha e presta serviços. 
  • Apoiamos a formação e capacitação ao longo da vida a todos os funcionários, docentes e investigadores.

O Técnico e a sociedade 

  • Consideramos que o Técnico deve ser uma escola que promova e incorpore o talento em condições de igualdade de oportunidades. Queremos melhorar as condições de igualdade de acesso a todos os cursos, em particular dos estudantes com carência económica, limitando o peso das propinas e reforçando as bolsas e os lugares em residências no quadro do PNAES. Embora a proposta ao PRR para a 2ª fase da Residência Ramôa Ribeiro não tenha sido financiada, pensamos que o IST deve envidar esforços para avançar/reformular o projeto.
  • Propomos a criação de novos programas de apoio a Startups, por forma a adequar os programas de aceleração ao potencial de criação de emprego por parte dos docentes investigadores e alunos do Técnico.
  • Propomos criar condições para participação de docentes e investigadores em plataformas que visem o incremento da literacia técnica e científica e em iniciativas de Ciência Cidadã;
  • Apoiamos a continuidade dos programas que visam o aumento do emprego de base científica, por exemplo reforçando as ligações à Rede de Parceiros do Técnico.
  • Apoiamos iniciativas que visem o alinhamento de teses de Doutoramento com necessidades específicas de parceiros empresarias, apoiando o estabelecimento de protocolos que viabilizem o apoio material às teses e o enquadramento visando futura empregabilidade.
  • Apoiamos iniciativas de divulgação de ciência e tecnologia a realizar no Técnico Innovation Center, visando dar a conhecer à população a investigação e o ensino no Técnico. 

Viver e trabalhar no Técnico

  • Defendemos a melhoria das condições materiais para o ensino e a investigação nos campi de modo a transformar o Técnico numa instituição de referência à escala internacional.
  • Propomos a modernização do núcleo de Medicina do Trabalho no Técnico que acautele a saúde mental e o bem-estar de docentes e investigadores (e demais corpos do Técnico), responda aos novos desafios de saúde pública e fomente a implementação de boas práticas de protecção e segurança. 

       Programa resumido