Os elementos eleitos pela Lista P
i. Reconhecem a importância fundamental da autonomia das escolas mas consideram ser igualmente importante reforçar a coesão da Universidade. Promoverão a interação entre as Faculdades da Universidade, procurando colaborações ou atividades conjuntas numa lógica de interdisciplinaridade.
ii. Consideram ser necessário actualizar a Carta de Direitos e Garantias dos membros da Universidade de Lisboa, clarificando o estatuto dos investigadores das Unidades de Investigação contratados por unidades de gestão associadas à Universidade. Nos termos dos Estatutos, elaborarão propostas e procurarão entendimentos que viabilizem estas alterações.
iii. Entendem ser necessário tornar efetiva a contribuição do Senado no processo de definição dos sistemas de avaliação de docentes e investigadores, valorizando todas as facetas do trabalho académico, e de autoavaliação da instituição.
iv. Consideram que o acompanhamento e a dinamização da vida académica requer participação e troca de ideias entre os membros do Senado. Procurarão que o Senado debata e canalize iniciativas concretas que beneficiem a vida académica, incluindo iniciativas culturais e de resgate da memória da Universidade, acções de ligação à sociedade ou acções de ligação a outras instituições.
v. Constatam que existe uma lei de financiamento do ensino superior aprovada e regulamentada há 20 anos, que nunca foi cumprida por nenhum governo e que, mais estranho ainda, esse incumprimento não foi contestado pelas Universidade de Lisboa de maneira veemente. É importante que a lei seja cumprida e que a Universidade seja devidamente financiada.
vi. Consideram ser fundamental que o Senado discuta atempadamente as alterações estatutárias que possam advir do novo RJIES.
Em breve comemorar-se-ão 15 anos sobre a criação da Universidade de Lisboa. É tempo de repensar os seus órgãos. A Lista P considera que o Senado, o órgão mais representativo da diversidade e vitalidade da Universidade, está incompreensivelmente limitado nas suas competências e impedido de cumprir o seu potencial como garante de uma gestão académica democrática e participada.
Não compete ao Senado alterar as suas atribuições e funções, no atual quadro do RJIES. No entanto, e independentemente do resultado da revisão do RJIES, os elementos eleitos pela Lista P, em articulação com os membros eleitos da Lista U para o Conselho Geral, tudo farão para sensibilizar o Reitor e os membros do Conselho Geral para que o papel que o Senado seja mais relevante e
- evolua para um órgão deliberativo, com um número de membros que permita a adequada representação das escolas e um funcionamento eficiente, com competência para aprovar documentos de gestão estratégica;
- possa deliberar sobre os programas anuais de atividade;
- venha a elaborar pareceres sobre o processo de audição aos candidatos a Reitor.